Enfim, depois de tanto erro passado 
 Tantas retaliações, tanto perigo 
 Eis que ressurge noutro o velho amigo 
 Nunca perdido, sempre reencontrado.
 
 É bom sentá-lo novamente ao lado 
 Com olhos que contêm o olhar antigo 
 Sempre comigo um pouco atribulado 
 E como sempre singular comigo.
 
 Um bicho igual a mim, simples e humano 
 Sabendo se mover e comover 
 E a disfarçar com o meu próprio engano.
 
 O amigo: um ser que a vida não explica
 Que só se vai ao ver outro nascer
 E o espelho de minha alma multiplica...
Poema de Vinicius de Moraes 
 
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